Carta - Querido tempo.

Querido tempo,

No primeiro instante em que dei o meu primeiro laço de amizade, a maior viagem do mundo começou para sempre.

Não faço ideia em que parte do mundo estás. Mas, sei que fazes falta e eu preciso de tempo para voltar para casa, tempo para estar contigo, tempo para aprender a despedir-me.
Sei que o tempo não acaba seja em que momento for, apenas deixa de ser o tempo certo para continuar com aquilo que um dia foi. A pior consequência de sentir saudade é saber que, ela perdeu o direito de saber há muito tempo para onde tu foste e nós apaixonamos-nos muito pelo tempo que partilhamos, mas ainda mais pelo tempo no qual estamos separados.
Não importa que esteja perto ou longe de ti, esteja em que parte do mundo estiver, não importa porque o céu será sempre o mesmo e a lua nunca será maior que o teu polegar. Tenho a certeza que nunca seremos maiores do que o tempo, mas conseguimos ser muito mais felizes no mais curto espaço dele. Agora, vivemos um tempo separados.
Fiz-te uma promessa. E só quero mais uma neste tempo que vamos ficar separados, sê feliz e conta-me tudo. Guarda tudo, sorri para quem não conheces, não te preocupes em voltar. Estás em casa. Não importa que haja saudade, se houve, é sinal que valeu a pena e viveste isso tudo no tempo mais certo antes que ele terminasse. Importa dizer agora que, tenho saudades? Tenho. Assim, ao recordares todos esses momentos, estaremos sempre juntos mesmo estando separados. 
O tempo parece sempre que nunca é suficiente. E este é o momento em que fazes falta e eu preciso de ti para voltar para casa, para estar contigo, para aprender a despedir-me. Prometo-te contar tudo um dia, só tens de ser paciente. Antes de ir, pergunto-me sempre como estás por aí.

A saudade faz-nos escrever, por isso, 
vemos-nos em breve.

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